Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch

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  • Arquitetos Responsáveis: Jiaojiao Miao (Meaningless Arch), Hui Luo (Tumu)
  • Equipe De Projeto: Jiaojiao Miao, Hui Luo, Jieying Chen, Bingbing Wen
  • Consultoria Estrutura: Zhun Zhang
  • Aldeões: Shihao Dai (construtora), Fenzhen Chen, Zhengsheng Ye (apoio aos residentes)
  • Cidade: Nanping
  • País: China
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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Fotografia de Exterior, Madeira
© Jiaojiao Miao

Descrição enviada pela equipe de projeto. Este protótipo propõe um equilíbrio entre estrutura e forma, configurando um espaço de descanso sob um telhado saliente. Cada unidade funciona como um pequeno pavilhão inserido em uma vila que abriga antigas casas de terra batida e artesãos envelhecendo. O bambu, abundante na região e amplamente utilizado em fábricas locais, é um dos principais materiais do projeto. Concreto, madeira e aço, igualmente disponíveis, completam o conjunto construtivo. O projeto prioriza o diálogo entre os materiais, criando uma composição harmônica e simbiótica entre elementos diversos. Pilares de concreto elevam as paredes de terra batida que, por sua vez, sustentam vigas e pilares de bambu. Esses componentes se complementam estruturalmente: o bambu, as vigas de concreto e os pilares de aço estabilizam as paredes de terra, enquanto estas sustentam as vigas de aço e os arcos de madeira. A coroa arqueada que se projeta para fora confere leveza e equilíbrio visual ao conjunto. Cada componente desempenha um papel estrutural preciso, combinando resistência e forma. O peso do concreto, a densidade da terra batida, a leveza do bambu, a delicadeza do aço e o volume de madeira se contrapõem e dialogam, criando uma tensão visual e material que expressa a essência da construção.

Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Fotografia de Exterior
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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 24 de 26
Diagrama
Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 5 de 26
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Um longo corredor se estende horizontalmente, enquanto um pequeno pavilhão se organiza no sentido longitudinal, e uma segunda fase do projeto incluirá uma pequena torre vertical. Em conjunto com o pavilhão de entrada, o estacionamento, os caminhos de jardim, as pedras, os bancos, as cercas baixas, os canais e as colinas de bambu, o espaço será complementado pelo plantio de romãzeiras, criando um ambiente acolhedor e sereno, ideal para passear, relaxar e apreciar o jardim.

Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 4 de 26
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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 26 de 26
Diagrama

A continuidade entre força e forma se manifesta na extensão do espaço. As unidades, dispostas em sequência, conectam-se a um longo corredor, formando um padrão repetitivo e ordenado que define os limites internos e externos do jardim de romãs. O telhado arqueado de madeira, revestido externamente com asfalto cinza-escuro e internamente com uma membrana de bambu, apresenta contraste entre exterior e interior: escuro por fora e claro por dentro, criando uma sensação de leveza e flutuação. A brisa atravessa o telhado e as fendas das paredes, trazendo frescor a quem se senta sob sua cobertura. Diante da casa, uma floresta exuberante de bambu é enquadrada pela curvatura do telhado, que atua como uma moldura natural para a paisagem. Luz e sombra dançam sobre o piso azul e as paredes de terra batida, imprimindo ao ambiente uma atmosfera viva e mutável.

Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 9 de 26
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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 16 de 26
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A sobreposição das forças, a continuidade das formas e a expansão do espaço definem a lógica do projeto. Em contraste com os corredores horizontais — considerados mais “instáveis” —, os pavilhões verticais apresentam maior solidez e equilíbrio. Enquanto os corredores oferecem abrigo limitado sob os beirais, os pavilhões delimitam o espaço entre as paredes, criando ambientes definidos. Cada unidade representa um ponto; os corredores configuram espaços unidimensionais; os pavilhões, bidimensionais; e as torres previstas para a Fase II, tridimensionais. O corredor atua como fronteira entre interior e exterior, o pavilhão funciona como ponto de conexão e circulação, e a torre se eleva como expressão simbólica e espiritual do conjunto.

Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Fotografia de Exterior, Madeira
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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Imagem 18 de 26
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Pilares de concreto, paredes de terra batida e vigas de concreto foram executados com trabalhadores locais. A vila preserva diversas casas antigas de terra batida, e a terra utilizada na obra foi obtida na própria região, a partir da mistura de solo antigo e novo. Como o bambu é parte importante da economia local, elementos como vigas, pilares, arcos de madeira, vigas de aço e bancos de bambu foram pré-fabricados e posteriormente montados no canteiro. Tanto os materiais quanto as técnicas construtivas adotadas valorizam as características locais, promovendo um diálogo equilibrado entre tradição e modernidade.

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No entanto, o projeto apresenta alguns potenciais pontos críticos: 1. Erros de precisão na construção: a execução no local tende a apresentar menor precisão em comparação à pré-fabricação, o que pode resultar em falhas ou desalinhamentos durante a montagem. 2. Erros relacionados ao desempenho dos materiais: a terra batida sofre retração significativa após a construção, processo que pode se estender por cerca de seis meses. O concreto também apresenta leve retração, e a junção entre materiais distintos pode gerar tensões e eventuais danos estruturais. 3. Controle de precisão construtiva: mesmo diante das limitações tecnológicas e das instalações rudimentares nas áreas rurais, é essencial aprimorar o controle de precisão para garantir a eficiência e a qualidade das etapas subsequentes da obra. 4. Tratamentos e acabamentos: recomenda-se aplicar tinta sobre o concreto, tinta impermeável sobre as paredes de terra batida, revestimentos especiais à prova d’água e térmicos nos pilares e vigas de bambu, tinta de fluorocarbono nos componentes metálicos, como pilares e vigas de aço, assegurando durabilidade e resistência aos elementos.

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Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch - Fotografia de Interiores, Madeira
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As soluções propostas são: 1. As aberturas nas vigas de concreto devem ser maiores que o diâmetro dos elementos de aço, permitindo que as vigas de bambu se ajustem em diferentes direções — para frente, para trás, à esquerda e à direita. 2. A adição de molas nas extremidades superiores dos elementos de aço permite ajustar o espaço necessário para a retração e acomodação da terra batida. A base dos pilares de bambu é conectada aos pilares de concreto por meio de um sistema deslizante, que será substituído por uma conexão articulada após o término da deformação natural. 3. As fôrmas de concreto, especialmente dos pilares, devem ser personalizadas para garantir posicionamento preciso. A terra batida deve ser devidamente compactada e reforçada com uma malha interna, assegurando melhor integração entre os materiais. É importante também proteger as paredes de terra durante o processo de concretagem das vigas. 4. Aplicar tinta sobre o concreto, impermeabilizar a terra batida, utilizar tinta à prova d’água e de isolamento térmico nos pilares e vigas de bambu, aplicar tinta de fluorocarbono nos componentes metálicos — como pilares e vigas de aço — garantindo maior durabilidade e resistência estrutural.

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Cita: "Pavilhão Pomegranate Garden / Tumu + Meaningless Arch" [Pomegranate Garden Micro Building / Tumu + Meaningless Arch] 16 Out 2025. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/1034983/pavilhao-pomegranate-garden-tumu-plus-meaningless-arch> ISSN 0719-8906

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